Título: O Teorema Katherine
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 305
Ano: 2013
Sinopse:
Após
seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem
vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton
resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de
anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado
em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e
comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará
possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de
qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam. Uma
descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta
vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente
ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a
reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
Resenha:
Eu
curto bastante o Tio João Verde, então lá vai mais uma resenha da dramática e
divertida saga de Colin e suas Katherine’s.
O enredo
se dá em torno da vida de Colin Jacobson, um garoto prodígio de 17 anos, que
teve sua Inteligência detectada ainda quando criança, o que o tornou motivos de
estudos, como também motivo para ele estudar e desenvolver melhor suas
habilidades, ele passou a sua vida esperando alcançar o seu momento
"eureca", aquele em que iria finalmente deixar de ser um prodígio e
passaria ser considerado um gênio, alguém que realmente fez algo de importante
para a humanidade. Colin é um típico nerd, que adora fazer anagramas e
adora K-A-T-H-E-R-I-N-E-S, dá pra acreditar que ele namorou 19 garotas chamadas
Katherines. Já no fim do ensino médio, mais precisamente ao fim da festa de
formatura, Colin leva seu 19º pé na bunda de uma nada mais nada menos que
Katherines. Desolado, desiludido, se sentindo um caco Colin fica afundado em
sua tristeza até seu Melhor Amigo Hassan disparar em seu quarto com a missão de
lhe consolar. Entre todas as alternativas para melhorar o estado emocional de
Colin os dois amigos saem em uma viagem de carro sem destino, ou pelo menos era
esse o planejado, até que por ironia eles acabam chegando em uma cidadezinha chamado Gutshot, visitar o túmulo do
arqueduque Francisco Ferdinando (uma amizade que acho curiosa, já que Colin é
meio judeu e Hassan é muçulmano). Gutshot juntamente com seu momento
rejeitado proporcionarão à Colin seu teu sonhado momento “eureca” onde ele
tentará desenvolver um teorema matemático que seria capaz de prever a duração
de um relacionamento e quem é que terminaria com quem, chamados por ele de
"terminantes" e "terminados". Vale comentar que ele usa os
seus relacionamentos passados para "testar" a fórmula em
processo de criação e com isso passamos a conhecer um pouco mais sobre as suas
"ex-katherines". Colin e Hassan permanecem na cidade, na casa de
Hollis, a dona de uma fábrica local que lhes oferece um emprego onde teriam que
entrevistar alguns moradores da cidade, junto com a filha dela, Lindsey.
Lindsey é uma jovem caipira alegre, que almeja se tornar médica, toda sua
disposição levará Colin e Hassan a grandes aventuras na pacata Gutshot. O livro
tem um humor que me agradou bastante, com personagens inteligentes e bem
construídos. A narrativa (que é em terceira pessoa) do tio Green também não deixa nada a
desejar: envolve, cativa e nos faz querer devorar o livro com sua
fluidez. O Teorema Katherine me
proporcionou agradáveis horas de distração.
Trecho Favorito:
(...) Ele pensou na distância que há entre o que
lembramos e o que aconteceu, na distância entre o que prevemos e o que vai
acontecer. E no espaço criado por essa distância, Colin pensou, havia espaço
suficiente para se reinventar, espaço suficiente para se transformar em
algo…Para refazer a sua história de um jeito melhor e diferente.
"Se tem uma coisa que eu sei nessa vida, é que algumas pessoas nesse mundo você só consegue amar e amar e amar, não importa o que aconteça."
O livro me ensinou que “Terminantes” não são intrinsecamente piores que os “Terminados”. Pois o término
de um namoro não é algo que acontece a você, mas sim algo que acontece com você.
Algumas
Citações
"É possível amar muito alguém,
ele pensou. Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o
tamanho da saudade que você vai sentir dela"
"Prodígios conseguem aprender rapidamente o que outras pessoas inventaram; gênios descobrem o que ninguém descobriu. Prodígios aprendem; gênios realizam. A maioria das crianças prodígio não se torna um gênio na idade adulta. Colin tinha quase certeza de que fazia parte dessa maioria desafortunada."
"Prodígios conseguem aprender rapidamente o que outras pessoas inventaram; gênios descobrem o que ninguém descobriu. Prodígios aprendem; gênios realizam. A maioria das crianças prodígio não se torna um gênio na idade adulta. Colin tinha quase certeza de que fazia parte dessa maioria desafortunada."
“Eu serei esquecido, mas as histórias ficarão. Então, nós todos somos importantes — talvez menos do que muito, mas sempre mais do que nada.”
“A sua importância é definida pelas coisas que são
importantes procê. Seu valor é o mesmo das coisas que ocê valoriza.”
"Qual
o sentido de estar vivo se você nem ao menos tenta fazer algo extraordinário?
Que estranho acreditar que um Deus lhe deu a vida e, ao mesmo tempo, achar que
a vida não espera de você nada mais que ficar vendo TV."
“Alguma
vez você já se perguntou se as pessoas gostariam mais ou menos de você se
pudessem vê-la por dentro? Sempre me pergunto isso. Se pudessem me ver do jeito
que eu me vejo, se pudessem viver nos meus pensamentos, será que alguém,
qualquer pessoa, me amaria?”
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