quarta-feira, 2 de abril de 2014

Resenha: O Teorema Katherine




Título: O Teorema Katherine
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 305
Ano: 2013
 
Sinopse:
Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam. Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

Resenha:
Eu curto bastante o Tio João Verde, então lá vai mais uma resenha da dramática e divertida saga de Colin e suas Katherine’s.
O enredo se dá em torno da vida de Colin Jacobson, um garoto prodígio de 17 anos, que teve sua Inteligência detectada ainda quando criança, o que o tornou motivos de estudos, como também motivo para ele estudar e desenvolver melhor suas habilidades, ele passou a sua vida esperando alcançar o seu momento "eureca", aquele em que iria finalmente deixar de ser um prodígio e passaria ser considerado um gênio, alguém que realmente fez algo de importante para a humanidade. Colin é um típico nerd, que adora fazer anagramas e adora K-A-T-H-E-R-I-N-E-S, dá pra acreditar que ele namorou 19 garotas chamadas Katherines. Já no fim do ensino médio, mais precisamente ao fim da festa de formatura, Colin leva seu 19º pé na bunda de uma nada mais nada menos que Katherines. Desolado, desiludido, se sentindo um caco Colin fica afundado em sua tristeza até seu Melhor Amigo Hassan disparar em seu quarto com a missão de lhe consolar. Entre todas as alternativas para melhorar o estado emocional de Colin os dois amigos saem em uma viagem de carro sem destino, ou pelo menos era esse o planejado, até que por ironia eles acabam chegando em uma cidadezinha chamado Gutshot, visitar o túmulo do arqueduque Francisco Ferdinando (uma amizade que acho curiosa, já que Colin é  meio judeu e Hassan é muçulmano). Gutshot juntamente com seu momento rejeitado proporcionarão à Colin seu teu sonhado momento “eureca” onde ele tentará desenvolver um teorema matemático que seria capaz de prever a duração de um relacionamento e quem é que terminaria com quem, chamados por ele de "terminantes" e "terminados". Vale comentar que ele usa os seus relacionamentos passados para "testar" a fórmula em processo de criação e com isso passamos a conhecer um pouco mais sobre as suas "ex-katherines". Colin e Hassan permanecem na cidade, na casa de Hollis, a dona de uma fábrica local que lhes oferece um emprego onde teriam que entrevistar alguns moradores da cidade, junto com a filha dela, Lindsey. Lindsey é uma jovem caipira alegre, que almeja se tornar médica, toda sua disposição levará Colin e Hassan a grandes aventuras na pacata Gutshot. O livro tem um humor que me agradou bastante, com personagens inteligentes e bem construídos. A narrativa (que é em terceira pessoa) do tio Green também não deixa nada a desejar: envolve, cativa e nos faz querer devorar o livro com sua fluidez. O Teorema Katherine me proporcionou agradáveis horas de distração.


Trecho Favorito:

(...) Ele pensou na distância que há entre o que lembramos e o que aconteceu, na distância entre o que prevemos e o que vai acontecer. E no espaço criado por essa distância, Colin pensou, havia espaço suficiente para se reinventar, espaço suficiente para se transformar em algo…Para refazer a sua história de um jeito melhor e diferente.

"Se tem uma coisa que eu sei nessa vida, é que algumas pessoas nesse mundo você só consegue amar e amar e amar, não importa o que aconteça."

O livro me ensinou que “Terminantes” não são intrinsecamente piores que os “Terminados”. Pois o término de um namoro não é algo que acontece a você, mas sim algo que acontece com você.



Algumas Citações

"É possível amar muito alguém, ele pensou. Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela"
"Prodígios conseguem aprender rapidamente o que outras pessoas inventaram; gênios descobrem o que ninguém descobriu. Prodígios aprendem; gênios realizam. A maioria das crianças prodígio não se torna um gênio na idade adulta. Colin tinha quase certeza de que fazia parte dessa maioria desafortunada."

“Eu serei esquecido, mas as histórias ficarão. Então, nós todos somos importantes — talvez menos do que muito, mas sempre mais do que nada.” 

“A sua importância é definida pelas coisas que são importantes procê. Seu valor é o mesmo das coisas que ocê valoriza.”

"Qual o sentido de estar vivo se você nem ao menos tenta fazer algo extraordinário? Que estranho acreditar que um Deus lhe deu a vida e, ao mesmo tempo, achar que a vida não espera de você nada mais que ficar vendo TV."

“Alguma vez você já se perguntou se as pessoas gostariam mais ou menos de você se pudessem vê-la por dentro? Sempre me pergunto isso. Se pudessem me ver do jeito que eu me vejo, se pudessem viver nos meus pensamentos, será que alguém, qualquer pessoa, me amaria?” 




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por registar sua visita em nosso Cantinho.
Volte Sempre.

AddThis