domingo, 29 de dezembro de 2013

Resenha: Cidades de Papel



Livro: Cidades de Papel
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 366

Sinopse:
Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.

Resenha:
Sinceramente no começo achei o livro meio que me irritou, uma vez que já estava acostumada com aquele romance melodramático de A Culpa é das Estrelas e Quem é você Alasca? Porém com o aprofundamento do enredo eu confesso que foi um suspense-romântico envolvente que certamente se tornou bastante apreciativo.
O livro conta a história de dois vizinhos, Quentin Jacobsen e Margo Roth Spiegelman, criados juntos e que na infância compartilharam ótimas aventuras, entretanto na adolescência seus caminhos meio que tomaram rumos diferentes, deixando apenas um fio que mais na frente cruzaria seus destinos. Quentin um rapaz inteligente, engraçado que estava no ultimo ano do ensino médio, que compartilha suas aventuras com seus dois grandes amigos Bem e Radar, e que procura não se meter em encrenca já que pretende adquirir uma bolsa em umas das melhores Universidades. Totalmente o oposto de Quentin, Margor é hiperativa, popular, bonita e totalmente desligada com os assuntos de um futuro promissor, ela adora aventuras, tanto que passou a maior parte de sua vida fugindo de casa para se aventurar pelo mundo afora, e todas as vezes que fazia isso, deixava pistas que jamais eram decifradas por completo. Margor e Quentin viviam em mundos distantes apesar de viverem perto, mas isto mudou naquela noite...A noite de cinco de maio, quando Margor entra pela janela do quarto de Quentin, e o convoca para ajuda-la em um plano mirabolante de vingança contra todos, que de certa forma, a traíram. Meio relutante, em participar de um plano onde possivelmente haverá arrombamento e invasão de domicílio, Quentin decide acompanhar Margor nessa aventura. Assim que a noite termina, Quentin chega na escola no dia anterior crente que dessa vez as coisas serão diferentes na relação deles, mas ele descobre que Margo Roth Spiegelman desapareceu, e como isso já se tornou um habito ninguém fica lá muito preocupado, nem mesmo os pais da garota cuja relação não é das melhores. Os dias vão passando e Quentin fica cada vez mais preocupado com o paradeiro de Margor. Meio sem querer olhando de seu quarto Quentin percebe um pôster colocado na janela de Margor e decide ir até seu quarto atrás de pistas, uma vez que acredita que ela deixou pistas para ele a encontrar. Porém Quentin decide agir por conta própria, e com a ajuda de seus amigos Ben e Radar, inicia-se a busca pelo verdadeiro paradeiro de Margor. Aos poucos ele vai descobrindo coisas sobre ela que ninguém imaginava que faziam parte daquela Margor que todos conheciam e neste busca incessante por encontrar Margor e os motivos que a levaram a ir embora, Quentin passa a entender mais sobre Margor e como ela se sentia o que consequentemente o leva a conhecer e entender a si próprio. 

Trecho Favorito

“Isso sempre me pareceu tão ridículo, que as pessoas pudessem querer ficar com alguém só por causa de beleza. É como escolher o cereal da manhã pela cor e não pelo sabor.”

''Quando se é um balão, romper o barbante e ser livre pode ser a melhor saída.''


O livro me ensinou que as aparências pode enganar, que a vida que às vezes a pessoa transmite ter é completamente diferente do que de fato ela vive e que quando amamos alguém fazemos de tudo para compreendê-la até ir ao fim do mundo se isso for preciso.


Algumas Citações

Meus dias tinham uma agradável uniformidade. E eu sempre gostei disso (...). Não queria gostar, mas gostava. 

É muito difícil ir embora — até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo.

“Eu escolhi vir com você. E você me escolheu. – E então ela me encarou: - É como uma promessa. Pelo menos esta noite. Na saúde e na doença. Na alegria e na tristeza. Na riqueza e na pobreza. Até que o sol nos separe.
“Vai ser difícil você saber quem sou ou o que estou querendo dizer…Não me cruzando na primeira não desista, Não me vendo num lugar procure em outro, Em algum lugar eu paro e espero você.” – A canção de mim mesmo, de Walt Whitman
“A cidade era de papel, mas as memórias, não.”

“Margo sempre adorou um mistério. E, com tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensar que ela talvez gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um.

“– Eis o que não é bonito em tudo isso: daqui não se vê a poeira ou a tinta rachando ou sei lá o quê, mas dá para ver o que este lugar é de verdade. Dá para ver o quanto é falso. Não é nem consistente o suficiente para ser feito de plástico. É uma cidade de papel.

“Não sei mais quem ela é, ou quem era, mas preciso encontrá-la.”

"O para sempre é composto de agoras."

"Começou um curto diálogo de mim, comigo mesmo."




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